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A hora e a vez da Medicina Integrativa. Entenda o porquê.

Como já disse aqui, pratico em meu cotidiano profissional a Medicina Integrativa, que tem foco na pessoa em seu todo, e reafirma a importância da relação entre o paciente e o profissional de saúde, fazendo uso das abordagens terapêuticas adequadas para obter o melhor da saúde e cura.

Por suas premissas, a Medicina Integrativa está totalmente em linha com a própria definição de saúde da Organização Mundial de Saúde: “Um estado de completo bem estar físico, mental e social e não, meramente, a ausência da doença.”
É interessante observar que um século e meio atrás o médico canadense William Osler, chamado por muitos “Pai da medicina moderna”, já dizia: “O bom médico trata a doença, mas o g
rande médico trata a pessoa com a doença.”

A definição da Medicina Integrativa que uso foi criada pelo Consortium of Academic Health Center for Integrative Medicine, e também é adotada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, onde cursei uma pós em Bases de Saúde Integrativa e Bem Estar.

Neste artigo, proponho uma reflexão sobre as diferentes formas de abordagem e condução do tratamento do paciente adoecido. Começo pela Medicina convencional, cuja falha principal é centrar o foco na doença, e não no sujeito que sofre. Trata-se de uma visão reducionista, que desconsidera questões como a história do paciente, aspectos pessoais e de desenvolvimento, e os contextos socioculturais em que está envolvido.

Outro modelo, a Medicina Centrada na Pessoa, resgatou a boa prática médica, e sem dúvida é um avanço, ao abordar questões como as citadas logo acima. Mas apresenta uma grande dificuldade na sua inserção, pois nós, médicos, somos ensinados a não nos envolver, para nos proteger das emoções negativas, o que é fundamental para esta boa prática.
Recentemente, acompanhamos o surgimento da Medicina do Estilo de Vida. Para ser bem sucedida, também deve manter olhar centrado no paciente, com uma escuta compassiva de parte do médico.
Seu “calcanhar de Aquiles” está nas metas muitas vezes inatingíveis propostas pelo profissional de saúde ao paciente. O resultado acaba sendo a geração de uma frustração neste paciente, que não ajudará no tratamento.
Considero essencial para o bom avanço da Medicina Integrativa o desenvolvimento do autocuidado nos pacientes. É um processo educativo de extrema importância, que os leva a alcançar a autonomia.

Para desenvolver este autocuidado, é necessário que os médicos estejam prontos a adotar uma escuta atenta e empática.

Em sua pesquisa sobre Empatia, a professora e pesquisadora Brené Brown destaca que, para que alguém se conecte a outra pessoa, é preciso primeiro que se conheça profundamente. E, nas palavras do médico inglês Ian McWhinney, “Não dá para crescer e mudar como médicos antes de termos removido nossas defesas e encarado nossas fraquezas.”

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