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Já está provado que emagrecer representa muito mais do que apenas fazer as pazes com o espelho, cuidar da estética. A obesidade leva a um acúmulo de danos celulares em níveis diversos, decorrente de toda a interação do organismo com fatores externos, ambientais e sociais, assim como com os fatores internos, genéticos e biológicos.

Pesquisas apontam, por exemplo, para uma relação direta entre a obesidade e transtornos de humor e envelhecimento precoce. Homens e mulheres obesos têm risco 55% maior de desenvolver a depressão, assim como indivíduos com depressão têm risco 58% maior de desenvolver a obesidade.

Estudos também mostram que a exposição a uma dieta rica em gorduras saturadas e trans traz como consequência níveis reduzidos de neurotransmissores envolvidos na regulação neurológica e no circuito de recompensa, humor e ingestão alimentar, como a Serotonina e a Dopamina. Da mesma forma, pacientes com obesidade e transtornos de humor apresentaram altos níveis de inflamação.

É lógico pensar, por tudo o que foi dito, que uma dieta elaborada por um profissional de saúde seja capaz, por exemplo, de reduzir sintomas depressivos em indivíduos com sobrepeso. A Dieta Mediterrânea, de que já falamos em outros artigos, mostrou-se eficaz neste sentido.

Mais do que “apenas” a dieta, minha experiência indica que a saúde começa na mente. Ou seja: estabilizar a saúde mental deve ser a primeira busca. E cuidar do estresse, por meio de atividades como meditação, ioga e exercícios físicos são importantes aliados nesta busca.

Em casos em que identifico uma má relação do paciente com a comida, trabalho o “comer emocional”. E sempre sugiro, como prática de vida e aliada no tratamento, a adoção do Mindful Eating.

Outro passo importante que o paciente deve dar é a eliminação de alimentos processados e de toxinas alimentares do seu cotidiano alimentar – evitando, assim, a ingestão indesejada de corantes, intensificadores de sabor, óleos vegetais hidrogenados, etc. Esta é uma importante estratégia para reduzir um processo de inflamação crônica.

Sei, perfeitamente, o quão difícil é para qualquer um alterar antigos hábitos, especialmente se trazem uma aparente sensação de prazer. Minha sugestão é que o paciente respeite seu tempo, e comece a perceber impactos que as pequenas mudanças alimentares trarão a seu dia a dia – de uma maior disposição à forma como se relaciona com as pessoas.

 

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