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Sou ávida leitora de artigos científicos, e busco tirar de cada um o maior proveito possível para meu cotidiano clínico. Analisando os efeitos da alimentação no processo de cognição e nas emoções, me deparei com um estudo, publicado no jornal médico da Associação Americana de Neurologia, em Fevereiro de 2019 – http://bit.ly/3oJ48Us

O mesmo estudo trata de brain foods. Você já ouviu falar neles? Trata-se de alimentos que contribuem para o bom funcionamento do cérebro, e reduzem o risco de doenças neurodegenerativas e psiquiátricas.

A deficiência de omega 3, por exemplo, tem sido associada ao aumento do risco de vários transtornos mentais, incluindo déficit de atenção, distúrbio, dislexia, demência, depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia.

Enquanto isto, em testes com roedores, constatou-se que o consumo de ômega 3 se mostra benéfico aos processos cognitivos, função sináptica e plasticidade. Já as dietas com alto teor de gorduras trans e saturadas trouxeram declínio ao desempenho cognitivo.

Modelos de dieta como a anti-inflamatória e a mediterrânea já defendiam a redução das gorduras saturadas e trans e o aumento do consumo de omega 3 como potencial na prevenção de doenças.

Estudos como o que citei e tantos outros têm a importância de deixar patentes, de forma científica, os benefícios de uma boa alimentação, na busca pela nossa vitalidade.

 

Exemplos de brain foods

Sabemos que os efeitos da comida na cognição e nas emoções podem começar antes do ato de se alimentar propriamente dito, uma vez que a lembrança de alimentos por meio de estímulos sensoriais olfativos e visuais já pode alterar o estado emocional do cérebro.

Mas, se é certo que ingerir determinados alimentos pode ser positivo para a aprendizagem e a memória, também o é que o estômago vazio pode provocar a liberação da Grelina, conhecida como “hormônio da fome”, que ajuda na plasticidade sináptica e na função cognitiva.

O artigo de que estamos tratando neste texto mencionou outros alimentos que têm impacto no cérebro, como a cúrcuma, que melhorou a decadência cognitiva em camundongos com Alzheimer; e os Flavanoides, que geraram um aprimoramento cognitivo em combinação com a prática de exercícios.

Você pode encontrar o omega 3 no salmão e em sementes de chia, linhaça, nozes. Já os Flavonoides estão presentes no cacau, no chá verde, em frutas cítricas, como a laranja-lima e a tangerina, no vinho tinto, e no chocolate amargo.

 

As gordura trans se apresentam nos alimentos industrializados e em frituras, sorvetes, balas e chicletes.

Sei que levar informações sobre os benefícios de determinados alimentos pode fazer com que muitos acabem excluindo outros igualmente importantes, ou usando as informações de forma inapropriada.

De toda forma, considero importante essa discussão como forma de conscientização da população de que é possível CULTIVAR SAÚDE.

No balanço entre perdas e ganhos, o saldo que fica é de que a prescrição de dieta alimentar é algo sério, e deve ser feita por um profissional.

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