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Já faz dez anos que um estudo (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21035949/) mostrou que existe relação entre a meditação e a atividade da Telomerase, enzima capaz de proteger os cromossomos do envelhecimento, e de fazê-los regenerarem e prolongarem a vida dos telômeros. 

Os telômeros, extremidades dos cromossomos que protegem o material genético que eles transportam, foram a base dos estudos que deram à bióloga australiana Elizabeth Blackburn o Nobel de Fisiologia/Medicina, em 2009. Além da questão da longevidade, muitas pesquisas sobre os telômeros os estudam como possível cura de doenças.

Para facilitar o entendimento do papel dos telômeros, a bióloga criou uma metáfora, e os associou àquela ponta de plástico dos cadarços de calçados, que evita que eles se desgastem. O cadarço seria o cromossomo e o telômero, a ponta de plástico. O desgaste desprotege o material genético, e as células não se renovam da forma certa.

Estudos como o que descrevi no início deste texto confirmaram cientificamente o que as tradições budistas já defendiam milênios atrás: que a meditação diminui o sofrimento psicológico e promove o bem-estar.

No estudo que apontou a relação direta entre a meditação e a telomerase, os pesquisadores compararam amostras clínicas de participantes de um retiro de três meses com as de um grupo que não participou. 

Os resultados indicaram que aumentos no controle percebido e diminuições na afetividade negativa, ambos trabalhados na meditação, levaram a um crescimento na atividade da telomerase maior do que o verificado nas pessoas que não meditaram.  

Sabe-se, hoje, que mudanças no estilo de vida, como a prática de exercícios e uma dieta saudável, também ajudam a manter a saúde dos telômeros, e que, à medida que estes se gastam, aumentam as chances de as pessoas entrarem em grupos de risco de diversas doenças.

No livro “O Segredo Está nos Telômeros”, Elizabeth Blackburn e Elissa Epel dão dicas que podem “impactar nossos próprios telômeros e os dos outros”:

  1. Dormir no mínimo sete horas toda noite;
  2. Fazer exercícios físicos moderados (caminhada ou corrida leve) três vezes por semana, por pelo menos 45 minutos;
  3. Diminuir o consumo de açúcar;
  4. Adotar uma dieta rica em ômega 3, grãos, verduras e frutas, descartando alimentos processados e refrigerantes;
  5. Meditar, eficaz contra a ansiedade e a depressão, pode aumentar a telomerase.
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