Dia destes, em um post, abordei a importância do autocuidado como forma de prevenir doenças e, mesmo, trazer benefícios à comunidade em que estamos inseridos. Hoje, quero me concentrar novamente em alguns conceitos que indicam como a solução de boa parte de nossos problemas está muito mais dentro de nós do que podemos imaginar.
Vamos começar pela autoaceitação. Quando mais jovem, a britânica Morgan Lake odiava os cabelos encaracolados e o fato de ser bastante alta. Curvava os ombros, a fim de parecer menor, e alisava os cabelos dia sim, outro também.
O tempo passou e, à base de muito suor, ela se transformou em uma das principais atletas olímpicas de seu país. Estudante de Psicologia, liberou os cachinhos, ganhou a confiança que lhe faltava, e, em entrevista recente à revista Cosmopolitan, afirmou:
“Hoje, foco naquilo que meu corpo pode fazer, e não em sua aparência”.
Esta aceitação corporal pode ser essencial para o desenvolvimento do bem estar. Ela vai muito além de parecer bem ou bonita para os outros. Tem a ver com abrir espaço para ser apenas você, desenvolvendo um amor próprio que só traz benefícios.
Outro importante conceito iniciado pelo prefixo “auto” tem a ver com uma atitude libertadora, que depende de olharmos para nós mesmos – nossas falhas, limitações e diferenças – com indulgência.
O autoperdão representa um gesto de cuidado com nós mesmos. Sua ausência, já foi provado, pode estar associada a distúrbios de diferentes ordens, como os alimentares – bulimia, anorexia. Segundo autores, como KL Klump, mulheres com tais distúrbios apresentam padrões persistentes de vergonha e culpa auto-impostas.
Mas não se iluda: perdoar-nos pelo mal que nos causamos com a comida não é fácil. Muitas vezes nos odiamos e censuramos por comer em excesso e pelas consequências visíveis ou não deste exagero.
Em contrapartida, há estudos que apontam que o autoperdão leva a uma menor autocrítica e menos afirmações negativas, e a um consequente aumento do bem estar. Perdoar-se é reflexo de amar-se o suficiente para seguir em frente.
O autoperdão é possível!